Óleo lubrificante: por quê seguir recomendação do fabricante
Trocar o óleo lubrificante de veículos e máquinas é fundamental para manter o bom funcionamento e aumentar a durabilidade. Porém, antes de realizar a troca, é necessário olhar no manual do proprietário para conferir todas as informações importantes para esse processo.
Você alguma vez já se perguntou por que existe um óleo lubrificante específico para cada veículo, e o que aconteceria se usasse uma marca que não foi recomendada por quem o fabricou? Muitas pessoas também têm dúvidas quanto a recomendação para veículos semelhantes, e se seria possível usar o mesmo óleo em carros parecidos.
Para esclarecer todas as dúvidas possíveis sobre o assunto, juntamos alguns tópicos importantes para que você entenda as recomendações para o processo. Veja a seguir.
Por que seguir as recomendações do fabricante na troca de óleo?
Ao indicar o óleo lubrificante ideal para realizar a troca no manual do proprietário, o fabricante (dezenas de engenheiros qualificados) estudou sobre os efeitos que o produto teria no equipamento.
Antes de sair da fábrica, as partes mecânicas são elaboradas e testadas para analisar qual seria o óleo lubrificante mais indicado para que a performance projetada seja atingida. Ou seja, usar um óleo lubrificante que não foi indicado pode acarretar em um mau desempenho do motor.
Lubrificação
Todo óleo lubrificante, seja ele sintético, semi sintético ou mineral, possui capacidades específicas e diferentes de viscosidade e lubrificação.
Isso quer dizer que você assume um risco sempre que troca o óleo sem seguir as recomendações do fabricante, já que o produto não realizará as funções adequadamente. Afinal, cada motor tem suas necessidades específicas.
Isso quer dizer que, por mais que dois veículos sejam muito semelhantes, ainda é necessário olhar a recomendação para cada um individualmente.
Além do desempenho do motor, a proteção também é afetada. O grau de viscosidade recomendado pela montadora protege as partes móveis durante as partidas a frio, reduzindo possíveis desgastes, além de refrigerar o motor em alta rotação para manter a performance.
Não somente na durabilidade das peças do motor, o lubrificante ideal reflete também em maior intervalo entre trocas de óleo e na redução da emissão de gases poluentes. Além de, claro, consumir menos combustível.
Durabilidade
Quando usamos um produto indicado, contribuímos para uma maior vida útil do motor e das suas peças. Não somente a viscosidade específica, cada lubrificante conta com aditivos e propriedades únicos, garantindo um bom funcionamento e aumentando a durabilidade de cada motor de acordo com o que ele precisa.
O óleo correto impede que o motor faça mais força do que é necessário para funcionar, evita a formação de borras e lubrifica com maior qualidade todas as partes mecânicas do motor.
Economia
Sabendo que o óleo lubrificante ideal para cada motor lubrifica mais, desgasta menos e evita possíveis danos, é fácil afirmar que o produto recomendado gera uma grande economia. Afinal, as trocas serão mais espaçadas, haverá uma economia do combustível e a manutenção do carro em relação às trocas de peças será menos frequente.
Quais são os tipos de óleo lubrificante e qual a diferença entre eles?
Óleo lubrificante mineral
Esse tipo de óleo é uma combinação entre óleos básicos minerais, que são obtidos a partir do processo convencional do petróleo, e aditivos. É o tipo mais popular e tradicional disponível no mercado e caracteriza-se por ter um preço mais em conta.
No entanto, sua durabilidade é inferior, o que torna a sua troca mais frequente.
Óleo lubrificante sintético
Produzido a partir da mistura de óleos básicos sintéticos e aditivos, seu grau de pureza é bastante alto e o desempenho acaba sendo maior do que os minerais e semissintéticos. O lubrificante sintético proporciona uma economia de combustível mais elevada, maiores intervalos entre as trocas, menor consumo de óleo e partida rápida em baixas temperaturas.
Óleo lubrificante semissintético
Por fim, temos o semissintético, que é formado com uma base semissintética (mistura de óleos básicos minerais e sintéticos) e aditivos. Embora seja uma opção acima do mineral, não chega ao nível do óleo lubrificante sintético.
Veja mais sobre os lubrificantes sintéticos e semissintéticos no vídeo abaixo:
O que é e qual a importância da viscosidade do óleo lubrificante?
A viscosidade é a característica mais importante que um óleo lubrificante pode apresentar, e diz respeito a fluidez do produto sob determinada temperatura. É dessa forma que se garante um lubrificante melhor e resistente que consegue chegar rapidamente até as peças na partida do motor, mantendo uma película protetora durante todo o funcionamento do veículo e minimizando o desgaste.
O óleo lubrificante precisa atender a viscosidade ideal para as demandas de cada veículo. Cada motor é projetado de uma forma, e demanda uma determinada viscosidade que varia para funcionar com o desempenho esperado. Ou seja, não significa que o lubrificante mais fluido seja o mais indicado para o seu carro.
O significado das letras e números nas embalagens de óleo lubrificante
As embalagens desse tipo de produto são muito importantes para indicar informações essenciais a respeito das características do óleo. A principal delas é o Grau SAE, também encontrada como viscosidade SAE, que é representada por um código composto por letras e números, classificando o óleo lubrificante de acordo com a sua viscosidade.
A Society of Automotive Engineers (SAE) é a associação responsável por definir quais são os parâmetros usados para classificar a viscosidade dos lubrificantes. Quando a embalagem apresenta um único número, quer dizer que aquele óleo é monoviscoso. Se forem dois, trata-se de um lubrificante multiviscoso.
Vamos usar como exemplo o Grau SAE 5W-30. Os dois primeiros dígitos, 5W, mostram qual a viscosidade do produto quando o motor está em temperatura ambiente. Ou seja, mais frio do que durante seu funcionamento. Quanto menor o número, maior é a fluidez do óleo em baixas temperaturas. Essa é uma característica que permite uma circulação melhor do produto, fazendo-o alcançar peças importantes mais rápido.
Já o segundo número, 30 no nosso exemplo, significa a viscosidade no motor em alta temperatura.
Dúvidas comuns sobre o óleo lubrificante
Quando usamos o óleo lubrificante correto ele nunca fica velho?
Embora o óleo lubrificante recomendado pelo fabricante tenha maior durabilidade, ele precisa, sim, ser trocado. Além do grau de viscosidade (SAE) e a classificação API, o manual do proprietário também indica qual o intervalo ideal da troca.
Todos os tipos de óleos lubrificantes são iguais e podem ser usados em qualquer veículo?
Não. Como já foi visto, cada tipo de óleo lubrificante possui características únicas que são indicadas para automóveis diferentes.
Os carros antigos podem receber qualquer tipo de lubrificante?
Não. Assim como os carros mais modernos precisam de um óleo lubrificante específico, os carros mais antigos também. Utilize sempre o óleo recomendado para garantir o bom funcionamento do motor, seja ele novo ou velho.
Preciso colocar aditivo?
Não. O lubrificante já tem aditivos em sua composição, e quando acrescentamos outros componentes estamos comprometendo a eficiência do produto. Em alguns casos, é possível até mesmo prejudicar o funcionamento do motor.
O prazo de troca de óleo é menor para quem só roda dentro da cidade?
Normalmente não, mas é importante que você siga somente o manual quanto ao óleo recomendado, mas também ao intervalo em que você terá que fazer uma nova troca.
Afinal, andar na cidade pode ser muito desgastante para seu automóvel, já que está ligado a andar e parar durante o trânsito em trechos intensos e curtos.
Pode não parecer, mas andar apenas na cidade pode, sim, ser severo para o motor do carro, já que em trechos longos o automóvel trabalha em temperatura elevada, forçando o motor, enquanto em trechos curtos não atinge uma temperatura ideal de trabalho. Ambos os casos são prejudiciais e causam desgastes.
Preciso substituir o filtro em toda troca de óleo?
Sim. Recomenda-se que você também faça essa troca periodicamente. Como o filtro serve para reter impurezas, tende a saturar durante o período em que o lubrificante está sendo usado. Sendo assim, quando não é trocado regularmente, não tem a capacidade de filtrar adequadamente o óleo, comprometendo o bom funcionamento do seu veículo.
Posso fazer a mistura de dois óleos de marcas diferentes?
Não. Sempre que você mistura dois produtos, acaba gerando um terceiro desconhecido. Ou seja, será impossível prever a viscosidade, o desempenho e o período de troca daquela mistura. A recomendação é usar sempre a mesma marca e nunca completar o óleo, a menos que haja um vazamento ou outras anormalidades. A quantidade colocada durante a troca deve ser sempre o suficiente para não precisar de acréscimos.
Agora que você viu por que deve seguir as recomendações do fabricante na hora de trocar o óleo lubrificante, não deixe de checar o manual do proprietário para ver qual é o produto recomendado para seu veículo. Tenha em mente que usar um lubrificante sem recomendação pode gerar danos no motor e desempenho do seu carro ou equipamento.
Enriqueceu meu conhecimentos
Bom dia!!!
Excelente as intimações dessa matéria.