Estratégias para aumentar a produtividade da plantação de soja
Como líder no mercado mundial, o Brasil é uma referência em produtividade na plantação de soja. Muitas das práticas agrícolas desenvolvidas em nosso solo são replicadas em outros países para aumentar suas taxas de produtividade.
Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo que apresenta as estratégias mais eficazes utilizadas no Brasil para aumentar a produtividade da soja e gerar mais lucro para os agricultores.
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1 – Plantio direto
À medida que surgem necessidades de melhor manejo e investimento em tecnologia para solo, sementes e defensivos, o agricultor brasileiro busca soluções que conciliam produtividade e sustentabilidade. Neste contexto, o Sistema de Plantio Direto (SPD) destaca-se como um divisor de águas para a produtividade da soja.
O conceito de SPD defende que, após a colheita, a palhada deve permanecer intacta sobre o solo, transformando-se gradualmente em matéria orgânica. Isso melhora a qualidade do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e nutrientes, além de reduzir a erosão.
Quando utilizado na rotação de culturas, o SPD também auxilia no manejo integrado de pragas e doenças, reduzindo a necessidade de defensivos químicos e contribuindo para um ambiente agrícola mais equilibrado e sustentável. Além disso, a prática do SPD pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ajudando no combate às mudanças climáticas.
2 – Preparo profundo do solo
Pesquisas recentes indicam que o preparo profundo do solo está sendo explorado como uma alternativa promissora para aumentar a produtividade na soja. Essa técnica visa resolver problemas práticos importantes, como a compactação do solo e a melhoria da infiltração de água, integrando diversas funções em uma única operação na lavoura.
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Para alcançar os melhores resultados, o preparo profundo do solo deve ser planejado de forma integrada, levando em conta o manejo integrado de pragas, doenças e plantas concorrentes, além da fertilidade do solo e da estrutura física do solo.
Esse planejamento deve considerar também a rotação de culturas, a adubação verde e a cobertura vegetal, que podem potencializar os benefícios do preparo profundo.
A prática de um manejo sustentável e eficiente contribui para a saúde do solo a longo prazo, melhorando a produtividade e a resiliência das culturas. Além disso, essa abordagem integrada pode reduzir a necessidade de insumos químicos, promovendo uma agricultura mais sustentável e econômica.
3 – Fixação biológica de nitrogênio para aumentar a produtividade da plantação de soja
A cultura da soja é altamente exigente em nitrogênio. Atendendo a essa demanda, o pesquisador Luiz Gustavo Moretti, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, de Botucatu, descobriu uma maneira inédita de rentabilizar a produção de soja.
A técnica desenvolvida por Moretti consiste na utilização da fixação biológica de nitrogênio em dois momentos distintos, através da bactéria Bradyrhizobium japonicum.
- O primeiro momento ocorre durante a semeadura da soja, garantindo uma boa inoculação inicial.
- O segundo momento acontece entre 50 e 70 dias após a semeadura, quando a planta já está em fase de desenvolvimento, proporcionando um reforço adicional de nitrogênio.
Essa abordagem não apenas otimiza a disponibilidade de nitrogênio para a planta ao longo de seu ciclo, mas também pode reduzir a necessidade de fertilizantes nitrogenados químicos, resultando em uma prática mais sustentável e econômica.
Em contrapartida, pensando em uma lavoura mais inteligente e duradoura, essa técnica pode contribuir para a melhoria da saúde do solo e para a promoção de uma agricultura mais sustentável.
4 – Integração lavoura-pecuária-floresta
A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é um sistema de produção sustentável que combina componentes agrícolas, pecuários e florestais em rotação, consórcio ou sucessão na mesma área.
Essa diversidade de atividades econômicas pode gerar mais lucros, reduzir custos e aumentar a produtividade, além de promover a resiliência do sistema agrícola frente a variações climáticas.
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Dados da Embrapa indicam que um aumento de 1% na matéria orgânica da camada superficial do solo pode elevar a produtividade da soja em até 12 sacas por hectare em anos de seca. Para alcançar esses benefícios, é crucial que o produtor realize um manejo eficiente do solo, adotando práticas como o sistema de plantio direto em sua totalidade.
Além disso, a sucessão, rotação e consorciação de culturas, juntamente com o uso de janelas de cultivo entre culturas comerciais, são fundamentais para manter a saúde e a fertilidade do solo.
A ILPF também promove a fixação biológica de nitrogênio, melhora a biodiversidade, contribui para a conservação do solo e da água, e pode auxiliar na mitigação das emissões de gases de efeito estufa, tornando-se uma prática essencial para a agricultura sustentável do futuro.
5 – Manejo de pragas, doenças e ervas daninhas
Pragas, doenças e ervas daninhas podem minar a produtividade da soja. Por isso, a Fazenda Iberê, localizada em Primavera do Leste, no Mato Grosso, investiu em avançadas ferramentas de monitoramento para enfrentar esses desafios. Esse investimento transformou a propriedade, tornando-a uma das maiores do estado e uma referência nacional em produtividade.
Utilizando software de gestão e monitoramento de pragas, a Fazenda Iberê consegue identificar pragas e doenças da lavoura com maior precisão. Os mapas gerados por esses sistemas indicam a pressão de pragas e doenças em cada talhão, permitindo determinar se o controle deve ser realizado em toda a área ou apenas nas zonas infestadas.
O uso de drones e sensores de campo auxilia na coleta de dados em tempo real, otimizando o manejo integrado de pragas (MIP) e reduzindo a aplicação de defensivos químicos. A adoção dessas tecnologias avançadas não só aumenta a eficiência operacional, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental da fazenda, promovendo um uso mais racional dos recursos e protegendo a biodiversidade local.
6 – Aumentar a produtividade da plantação de soja com áreas de refúgio
As áreas de refúgio são uma das principais estratégias agrícolas para manter o equilíbrio ecológico e promover a sustentabilidade, resultando em maior produtividade e qualidade nas lavouras de soja.
Essa prática é aplicada em plantações transgênicas de milho, algodão e soja, exigindo que uma porcentagem da área total plantada seja destinada exclusivamente a plantas não transgênicas. Para a soja, recomenda-se que, no mínimo, 20% da área seja composta por plantas não transgênicas.
Essas áreas desempenham um papel crucial no manejo de resistência de pragas. Pragas e insetos, como as lagartas, que podem se tornar resistentes aos inseticidas aplicados em plantações transgênicas, são encorajados a acasalar com indivíduos suscetíveis nas áreas de refúgio. Isso resulta em uma população de pragas que, em sua maioria, não possui resistência, retardando a evolução de pragas resistentes.
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As áreas de refúgio contribuem para a conservação da biodiversidade, proporcionando habitat e recursos para organismos benéficos, como polinizadores e predadores naturais de pragas.
A implementação eficaz dessas áreas, combinada com outras práticas de manejo integrado de pragas (MIP), garante uma abordagem mais holística e sustentável para a produção agrícola, preservando a saúde do agroecossistema e melhorando a resiliência das lavouras frente a desafios ambientais.
7 – Invista em tecnologia para aumentar a produtividade da plantação de soja
O mercado de tecnologia agrícola oferece uma ampla gama de sistemas, softwares e soluções tecnológicas que visam otimizar os processos no campo e resolver problemas de produtividade na soja.
As inovações abrangem desde sensores e drones para monitoramento em tempo real até plataformas de gestão de dados e análises preditivas que ajudam na tomada de decisões estratégicas.
Segundo o professor de finanças empresariais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aureliano Bressan, é crucial que o produtor rural identifique os gargalos específicos que impedem o aumento de sua produção.
Isso pode incluir problemas como manejo inadequado do solo, pragas e doenças, ou irrigação ineficiente. Bressan destaca a importância de buscar parcerias para a implementação de um programa de desenvolvimento de novas tecnologias na lavoura.
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Ao colaborar com universidades, empresas de tecnologia agrícola e consultores especializados, os produtores podem integrar soluções como agricultura de precisão, inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) em suas operações.
Essas tecnologias não só aumentam a eficiência e a produtividade, mas também promovem a sustentabilidade, reduzindo o uso de recursos naturais e minimizando o impacto ambiental. Com a adoção de tais inovações, os produtores podem melhorar significativamente seus rendimentos e competitividade no mercado.
A colaboração com instituições de pesquisa e empresas de tecnologia agrícola pode proporcionar soluções personalizadas e eficazes. Com essas abordagens, os produtores de soja podem alcançar maiores rendimentos, promover a sustentabilidade ambiental e fortalecer sua competitividade no mercado global.
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