Colisão de veículo: quais os Primeiros Passos?
É comum que grande parte dos motoristas se envolvam em acidentes de trânsito pelo menos uma vez. A colisão de veículo, por exemplo, por mais simples e sem danos que possa ser, é um acidente que requer alguns cuidados após o ocorrido.
Porém, muitos condutores não sabem o que fazer e como agir em situações como essa.
Essa colisão pode envolver somente veículos, veículos e pedestres, veículos e bicicletas e até mesmo, se restringir apenas em seu automóvel e um objeto ou superfície.
Como o trânsito é um local onde várias pessoas circulam ao mesmo tempo, é preciso ter sempre atenção ao sair com o seu carro pelas ruas.
Antes de conferir o que você deve fazer após a colisão de veículos, confira quais são os tipos de colisões que existem e quais os acidentes de trânsito mais comuns!
Tipos de colisão de veículo mais comum
Colisão frontal
Considerado o tipo de colisão de veículo mais comum nos acidentes de trânsito, a colisão frontal pode causar consequências graves. Normalmente, em situações como essa, os corpos dos adultos são jogados para cima e os das crianças, para baixo.
Como consequência, as vítimas podem sofrer traumatismo cranioencefálico, sendo cabeça e tórax as regiões mais afetadas.
Enquanto o crânio colide com partes do veículo como vidros, portas e outras pessoas, o tórax vai de encontro com o volante do automóvel. Isso faz com que o pulmão e coração sejam comprimidos causando uma contusão cardíaca e pulmonar.
Colisão traseira
Esse tipo de colisão faz com que o veículo receba a energia de impacto direto em sua traseira. Por isso, é considerado um dos tipos mais perigosos de colisão. Essa energia recebida se converte em uma rápida aceleração e desaceleração, conhecido como efeito chicote.
É exatamente o ganho e a perda quase ao mesmo tempo de velocidade que causa lesões principalmente na coluna cervical. Devido a situações como essa, o encosto de cabeça passou a ser equipamento obrigatório em todos os tipos de carros, a fim de diminuir a ação desse fenômeno.
Colisão lateral
As principais partes do corpo atingidas por esse tipo de acidente são o pescoço, braços, pernas e costelas. As lesões produzidas pelo impacto costumam ser bastante graves, já que quem está dentro do carro tem grande proximidade com a parte atingida, como ferragens de veículos e estilhaços de vidro, por exemplo.
Colisão angular
Já esse tipo de colisão de veículo é aquela em que as forças exercidas sobre o automóvel vêm de várias partes diferentes, fazendo com que o corpo seja atirado para baixo e para cima, deixando o carro inclinado.
As lesões causadas nesse tipo de acidente costumam ser as mesmas das encontradas na colisão frontal e lateral.
Acidentes de trânsito mais frequentes
O DNIT (Departamento Nocional de Infraestrutura de Transportes) considera os acidentes listados abaixo como os mais frequentes nas estradas federais:
- colisão traseira;
- abalroamento no mesmo sentido;
- capotagem;
- colisão frontal;
- choque com objeto fixo;
- saída da pista;
- abalroamento transversal.
Como agir em uma colisão de veículo?
É muito importante que você saiba o que fazer nas horas em que uma colisão de veículos acontecer. Além de manter a calma, existem algumas outras medidas que você pode tomar para ajudar nessa situação.
No caso de feridos ou vítimas no local
A primeira coisa a se fazer é verificar se alguém saiu ferido da colisão. Se sim, evite tirar o veículo do lugar mesmo que ele não tenha sofrido grandes danos. Acione o serviço de socorro o mais rápido possível (193 – bombeiros), e a polícia estadual ou rodoviária federal em casos de acidentes em vias federais.
Sinalize o local com pisca-alerta e, enquanto aguarda, evite movimentar as vítimas por mais que as lesões aparentam ser leves. Isso pode piorar ferimentos internos ou fraturas.
Uma dica é conversar com elas para checar seu estado de consciência e mantê-las acordadas.
Quando não há feridos ou vítimas após a colisão de veículo
No caso de acidentes onde não houve nenhuma vítima e ninguém ficou ferido, a primeira coisa a ser feita é a retirada dos veículos da via para não obstruí-la ou causar outros acidentes. Lembre-se de que isso só deve ser feito em colisões leves.
Verifique se é seguro sair do veículo
Grande parte das pessoas que sofrem uma colisão fica desnorteada pelo susto, e isso faz com que elas não pensem direito e saiam do carro.
Quando o acidente acontece em uma rodovia, por exemplo, é importante tomar cuidado já que os automóveis, principalmente os caminhões, passam muito rápido.
Caso você esteja lesionado, evite se movimentar até o socorro chegar. Lembra das dicas acima sobre vítimas no local da colisão? Elas também servem para você.
Acionamento do seguro
Mesmo que não haja pronunciamento imediato do responsável pelo acidente, é importante que ambas as partes acionem a sua seguradora para comunicar sobre a colisão de veículos.
A empresa solicitará documentos e provas para realizar o pagamento de indenização e o prazo para que isso ocorra é de cerca de 30 dias.
O que o seguro de automóvel cobre?
Todo seguro de automóvel é composto de coberturas básicas e coberturas opcionais. As coberturas básicas são aquelas obrigatórias e previstas por lei. Elas são supervisionadas pela Superintendência do Mercado de Seguros (SUSEP). Já as coberturas opcionais são aquelas livres de escolha do cliente.
Embora todo o seguro de automóvel siga essa regra de coberturas obrigatórias e opcionais, as pessoas normalmente lembram-se apenas das coberturas obrigatórias.
Coberturas básicas: colisão de veículo, incêndio, roubo e furto
Essas cláusulas geralmente cobrem o dano parcial ou total do veículo nos casos de batidas, roubos, furtos ou incêndios. O dano total é quando os custos de reparação do automóvel atingem até 75% do valor segurado na tabela Fipe.
As coberturas básicas são os sinistros cobertos por todo seguro auto.
Os casos mais comuns de dano integral são os roubos em que não ocorre a recuperação do carro, ou em casos de colisões muito fortes que acabam gerando perda total. Já os danos parciais são aqueles em que o custo de reparação não atinge 75% do valor segurado.
Nessas situações, o seguro cobrirá apenas os custos se eles ultrapassarem o valor da franquia contratada.
Colisão de veículo: coberturas opcionais
Danos a terceiros
Considerada uma das coberturas mais importantes no seguro de automóvel, os danos a terceiros cobrem danos materiais ou corporais que você pode causar em terceiros no trânsito.
No caso de uma colisão de veículos em que você foi o responsável, sua seguradora cobrirá os gastos de reparo do automóvel da vítima e de eventuais despesas com ferimentos.
Casos de indenização também são cobertos por essa cláusula.
Passageiros
Essa cobertura é bastante similar à cobertura de danos a terceiros. Ela cobre os danos corporais que passageiros que estejam no seu automóvel possam sofrer no caso de acidentes de trânsito.
Carro reserva
Você pode utilizar um carro reserva por 7, 15 ou 30 dias enquanto o seu estiver na oficina. Esse tópico é importante para aqueles que não podem ficar sem o seu automóvel por questões de trabalho, por exemplo.
Higienização em casos de alagamento
Importante para pessoas que moram em grandes metrópoles ou municípios onde os alagamentos são bastante comuns, a cláusula garante a higienização do automóvel quando ele é atingido por enchentes, alagamentos ou inundações.
A higienização, neste caso, vai muito além do que um processo de limpeza normal, e é válida apenas em casos em que os custos de reparação não atinjam o valor da franquia.
Acessórios
Acessórios como caixas de som, bancos mais caros e rodas diferenciadas entram nessa cláusula. Sendo assim, essa cobertura é importante para quem integrou algum tipo de acessório em seu carro, já que o valor segurado também levará em conta o valor desses itens.
Proteção de vidros
Cobre os custos com reparo ou trocas no caso de quebras ou trincas de vidros, podendo incluir os vidros laterais, traseiros e o pára-brisas. Os retrovisores externos como lente, espelho e carcaça, as lanternas e os faróis também estão inclusos.
Seguro de franquia
Essa cobertura é usada caso o primeiro sinistro do seguro atinja ou ultrapasse o valor da franquia. Nessas situações, o seguro cobrirá também essa quantia.
Lucros cessantes
Muito importante para aqueles profissionais que usam o automóvel como meio de renda, como os taxistas, por exemplo. Essa cobertura garante que nos casos de sinistro em que o profissional fique sem o seu carro, considerado seu meio de renda, ele terá o seu lucro do período que não pôde trabalhar compensando pela seguradora.
Carta verde
Essa é uma cobertura obrigatória para todos que viajam de carro para países do Mercosul que não seja o seu país de origem. Seu funcionamento é parecido com o DPVAT, e tem como objetivo cobrir indenizações por danos causados a terceiros. Nesses danos estão inclusos tanto os materiais, como os corporais.
Como determinar quem foi o responsável pela colisão do veiculo?
Em mais de 80% dos registros de acidentes existe um culpado. Como já vimos em outro texto aqui do blog, caso a colisão seja traseira, você já saberá definir de quem foi a culpa. No entanto, algumas situações são passíveis de questionamento, e por isso ninguém assume ser o responsável.
Nesses casos, o ideal é ligar para a polícia para que os mesmos possam mediar o acontecido e oficializar o culpado. Isso não significa, porém, que o caso está resolvido. O responsável por dizer quem foi o real responsável será o juiz no caso de acidentes que virem processos cíveis ou criminais.
Evite ao máximo discutir com a outra parte, já que isso pode acabar em mais problemas como brigas, por exemplo.
Faça um boletim de ocorrência
O boletim de ocorrência só é obrigatório em casos de acidentes com vítimas ou que causem danos a patrimônios públicos. Nos outros casos, ele só é feito quando as partes preferirem, e o documento pode até ser elaborado pela internet.
Vale lembrar que fazer um boletim de ocorrência não significa que houve algum crime ou que aponte para algum culpado. Ele apenas serve para documentar o acontecido.
Embora não seja obrigatório, é interessante que você procure uma delegacia para fazer um B.O caso se envolvam em colisões de veículos. Assim, a outra parte não terá como mentir sobre os fatos.
Anote a placa do outro veículo
É importante anotar ou fotografar a placa e o modelo do carro. Se possível, solicite o nome completo, CPF e número de telefone do outro motorista. Embora ele não seja obrigado a lhe informar esses dados, tente consegui-los quando possível.
Caso você note que o outro veículo tem a intenção de fugir, tente fotografar a placa o mais rápido possível. Você pode até mesmo conseguir gravar o carro. A cor e o modelo do automóvel também são dados que devem ser registrados.
Essas informações poderão ajudar a localizá-lo mais rápido. Caso ele seja o responsável pela colisão, essas informações lhe auxiliarão a receber os prejuízos na justiça.
Entenda as regras do DPVAT para colisão de veículos
Criado no ano de 1974, o DPVAT (Danos Pessoais Causados Por Veículos Automotores Por Via Terrestre) é utilizado para amparar as vítimas de acidentes de trânsito em território nacional, sejam elas motoristas, passageiros ou pedestres.
É um documento que todo proprietário de veículo deve pagar. Sua data de vencimento varia de acordo com o Estado, mas o calendário de pagamento deve acompanhar o IPVA.
O preço da cobertura depende do ocorrido. Em caso de morte, há uma indenização de R$ 13,5 mil. No caso de invalidez permanente, a indenização pode chegar até R$ 13,5 mil. Já no caso de reembolso de despesas médicas hospitalares, o valor máximo é de R$ 2.700.
A vítima, seu cônjuge ou parentes de primeiro grau, têm até 3 anos pós o acidente para pedir a indenização, e o serviço é gratuito. Ou seja, você não paga nada por essa solicitação.
Agora que você viu como proceder após a colisão de veículos, tenha calma caso essa situação desagradável aconteça com você ou alguém próximo. Leve nossas dicas em consideração para saber exatamente o que fazer e evite ao máximo discutir com a outra parte.
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