Arte Brasileira em Leilões Internacionais

Arte Brasileira em Leilões Internacionais

Nos últimos anos, os artistas brasileiros têm alcançado reconhecimento significativo, especialmente em leilões internacionais. Tarsila do Amaral, Lygia Clark, Mira Schendel e Hélio Oiticica são alguns dos artistas que têm contribuído para destacar a arte brasileira globalmente. Anteriormente, casas de leilão como a Sotheby’s e a Phillips apresentavam artistas brasileiros em vendas específicas de “Arte Latino-Americana”. No entanto, nos últimos dois anos, eles têm sido incluídos nas principais vendas, ganhando maior visibilidade.

Alguns artistas brasileiros modernos já estão estabelecidos em museus internacionais há muitos anos, e suas obras fazem parte de coleções renomadas em todo o mundo. Em 2020, o MoMA adquiriu a obra “A Lua” (1928), de Tarsila do Amaral, por US$ 20 milhões. A icônica obra “Abaporu” (1928) está na Fundación Malba, em Buenos Aires, considerado o museu mais importante de arte latino-americana. Esse reconhecimento também é evidente nos resultados dos leilões recentes. Durante os leilões realizados entre Março e Maio em Nova York, várias obras de artistas brasileiros foram apresentadas, com destaque para as vendas na Sotheby’s.

O icônico “Bicho” (1960) de Lygia Clark, representante do movimento neoconcreto brasileiro, foi vendido por US$ 762.000. Suas obras têm alcançado preços elevados em leilões, como o “Contra relevo (Objeto n. 7)” de 1959, vendido por US$ 2.225.000 em 2013, e “Superfície modulada nº 4” de 1958, arrematado por US$ 2.200.000 no mesmo ano. Em 2021, o Guggenheim Abu Dhabi adquiriu um “Bicho” de Clark por US$ 2.000.000. O livro “Noite e Dia” (1963-76) de Lygia Pape, uma instalação composta inicialmente por trinta peças, foi vendido por US$ 228.600. O recorde da artista foi estabelecido em 2014, quando uma de suas obras foi vendida por US$ 461.000 na Phillips de Nova York.

Durante o leilão “Contemporary Evening Auction” da semana passada, a obra-prima do neoconcretista Sérgio Camargo, “Relief No. 21/52” de 1964, foi vendida por US$ 1.391.000, beneficiando o Museu de Vassouras. Esse resultado representa um novo recorde de leilão para Camargo. No entanto, é importante observar que esse não será sempre o caso, flutuações no mercado podem interferir, mas obras-primas encontrarão compradores se os preços forem atrativos.

Emiliano Di Cavalcanti também teve suas obras vendidas em leilões, como “Mulata” (1966), que foi vendida por US$ 152.400. Seu recorde é a obra “Mulher deitada com peixes e frutas” de 1956, vendida por US$ 1,5 milhão em 2017. Além disso, outras obras importantes de artistas brasileiros foram leiloadas, como uma pintura de 1985 de Amadeo Luciano Lorenzato, vendida por US$ 20.320, e uma obra de Marina Perez Simão, vendida por US$ 48.260. Esses resultados mostram uma recente reestruturação do mercado brasileiro de arte, onde a cena contemporânea brasileira está se tornando um investimento cada vez mais confiável, seguindo uma tendência internacional de valorização tornando ainda mais interessante se manter bem informado e acompanhar os ciclos desse mercado.

Fonte: Brazil Journal

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